Ao elaborar
um texto (escrito ou oral), existem algumas combinações verbais que devem ser
respeitadas. É o caso das orações
subordinadas adverbais condicionais somadas à oração principal. Exemplo:
Se
chover, não sairei.
Nesse
caso, a frase indica uma condição futura. Não é certo que eu sairei, depende se
choverá ou não. Agora, eu posso reescrever essa frase da seguinte maneira:
Se
chovesse, eu não sairia.
A
ideia de condição futura ainda existe, mas a probabilidade de que chova e eu
não saia é mais baixa. Observemos que essa alteração de sentido se deu por
causa da mudança verbal.
No
primeiro caso, temos a seguinte estrutura:
Oração
condicional
|
Oração
principal
|
Se chover,
|
não sairei.
|
Futuro do subjuntivo
|
Futuro do presente
|
No segundo
caso, temos:
Oração
condicional
|
Oração
principal
|
Se chovesse,
|
eu não sairia.
|
Imperfeito do subjuntivo
|
Futuro do pretérito
|
Contudo, não é possível fazer uma combinação mista entre esses dois tipos de orações
condicionais. Por exemplo:
Se
chover, eu não sairia.
O
motivo é porque existe internamente na frase uma incoerência quanto à possibilidade
de chover e eu sair. Portanto, corrigindo a frase da notícia:
Se isso ocorrer, os pagamentos poderão ser iniciados antes do Natal.
A
notícia citada acima contém mais um erro, você sabe qual é? Veja aqui.